sábado, 6 de fevereiro de 2010

Neymar na seleção? Vale o teste


Neymar encanta o país nesse início de temporada, e o golaço marcado contra o Santo André foi apenas a cereja do bolo. Ele assumiu o papel de protagonista no time do Santos e, bem assessorado por seu amigo Paulo Henrique Ganso, é o melhor jogador do Campeonato Paulista até agora. O desempenho dele já fez com que alguns apressadinhos o pedissem na Copa do Mundo, sob a justificativa do maior sofisma futebolístico dos últimos tempos: “Futebol é momento”.

À parte os apressadinhos, é válido o argumento de que ele já poderia ser testado. Num daqueles amistosos só com jogadores do Brasil, que poderiam ser marcados, como aconteceu em 2002, contra a Bolívia e a Islândia, e em 1994, também contra os islandeses. Gilberto Silva, Kléberson, Kaká e até Ronaldo Fenômeno certamente agradecem às oportunidades recebidas nesses joguinhos. Talvez não tanto quanto Anderson Polga, que também garantiu vaga no Mundial nessa ocasião.

Na CNTP, Neymar seria a quinta ou sexta opção de Dunga. Estaria atrás de Robinho, Nilmar, Ronaldinho Gaúcho, Alexandre Pato e Diego Tardelli. Todos muito talentosos, é verdade, e merecedores de uma vaga para a posição. Mas um teste poderia mudar o quadro. Afinal de contas, Robinho vem de lesão, Ronaldinho Gaúcho não é confiável e Nilmar se machuca com muita facilidade. É sempre bom, em uma emergência, contar com alguém que possui o mínimo de experiência com a amarelinha.

O argumento de que é importante levar um jovem jogador para dar experiência a ele é válido até certo ponto. Da mesma maneira que a Copa de 1994 foi importante para Ronaldo e o Mundial de 2002 apresentou Kaká ao Planeta Bola, é importante lembrar que o primeiro não entrou em campo nos Estados Unidos e o segundo atuou por poucos minutos contra a Costa Rica na campanha do penta. E há sempre o exemplo traumático de Bismarck em 1990 para apoiar a tese dos mais prudentes.

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