quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Decisivo na hora extra


Milan e Manchester United empatavam por 1 a 1 quando Wayne Rooney deu uma entrada criminosa em Thiago Silva. O atacante inglês já tinha cartão amarelo, e o árbitro português Olegário Benquerença pipocou. Na sequência, Rooney decidiu o jogo com dois gols, garantiu a vitória por 3 a 2 e praticamente assegurou a vaga dos Red Devils para as quartas de final. Temperamental e decisivo como sempre, ele justificou a hora extra concedida pelo juiz e mostrou que poderá ser eleito o melhor jogador do mundo em 2010.

Para que isso aconteça, porém, é preciso que a segunda característica supere a primeira com uma folga maior. O histórico de entradas maldosas e expulsões de Rooney faz com que ele seja mais visado pelos adversários e, consequentemente, esteja exposto a provocações. E, caso o Manchester United confirme a classificação, terá de enfrentar defesas superiores à do Milan, que, convenhamos, já deu várias provas de que não é das mais seguras.

Aos milanistas, resta lamentar as chances perdidas no primeiro tempo e aplaudir mais uma belíssima atuação de Ronaldinho Gaúcho, que fez um gol e deu belíssimo passe para Seedorf marcar o segundo, de letra. Eles também podem chorar pela ausência de Gattuso, xerife do meio-campo que certamente teria evitado alguns contra ataques ingleses à base de botinadas. Leonardo o barrou para colocar David Beckham, e foi infeliz na mudança.

O técnico rossonero também demorou para colocar Seedorf e Inzaghi em campo, mas não pode ser apontado como o único responsável pela derrota. Afinal, ele não tem muitas opções no elenco e precisa contar com os serviços do veterano Favalli, ou do inoperante Bonera. As falhas de Dida, no primeiro gol e Nesta, no terceiro, indicam claramente que é necessário um rejuvenescimento ainda mais intenso na equipe para os próximos anos.

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