segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Eles decidem, e o time convence


O retorno triunfal de Robinho na vitória por 2 a 1 do Santos sobre o São Paulo neste domingo, na Arena Barueri já foi e ainda será amplamente discutido em todo e qualquer ambiente que respire futebol. Assim como a “polêmica” paradinha de Neymar, criticada por Rogério Ceni, que já fez o mesmo movimento várias vezes cobrando pênalti. O teenager agora é artilheiro do Campeonato Paulista, com sete gols marcados.

A atuação da dupla serve para encobrir um cenário que, talvez para os santistas, seja até mais importante do que o gol de letra marcado pelo camisa 7, ou o fato dele brilhar aqui no Brasil porque “a diferença de qualidade entre os campeonatos brasileiros e europeus é gritante”. Ou mesmo a ânsia dos apressadinhos em querer Neymar na Copa do Mundo de 2010. Robinho e Neymar estão na história do clássico, e outros detalhes importantes do jogo podem ser esquecidos.

Um desses detalhes, por exemplo, foi a belíssima atuação de Paulo Henrique Ganso, que sofreu um pênalti não marcado pelo juiz e infernizou a defesa são-paulina o tempo inteiro. Ou então que Arouca, que há pouco tempo estava no outro lado, acrescentou dinamismo ao lado direito e, embora tenha sofrido um pênalti duvidoso, também fez boa partida. O cruzamento de Wesley, que atuava improvisado na lateral direita – é bem verdade que ele sempre atua improvisado, pois não tem posição definida – merece destaque.

O fato do Santos ter assumido a liderança da competição também é lembrado vez ou outra, mas merece maior destaque, embora o torneio esteja apenas no início. Em suma, o gol de letra de Robinho vai vender jornais, gerar clicks, aumentar a audiência, estimular a compra de camisas por parte da torcida e encher o saco da “turma da corneta” que já o chamou algumas vezes de fracassado, embora quatro títulos nacionais e quatro com a seleção talvez não seja, propriamente, um currículo de looser.

E os santistas podem ficar animados, pois já reúnem argumentos que ultrapassam a qualidade dos craques para pensar que um grande time começa a ser formado.

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